tag:blogger.com,1999:blog-57264440751572451272024-03-13T11:16:57.795-07:00Once I wanted to be the greatestQuando o tempo não nos devolve o que perdemos tudo o que nos resta é continuar a sonhar!Alice In Wonderlandhttp://www.blogger.com/profile/13407081566616735465noreply@blogger.comBlogger33125tag:blogger.com,1999:blog-5726444075157245127.post-49952317062795950392009-09-18T13:10:00.000-07:002009-09-18T13:11:34.262-07:00Airplane needed!!!A distância é tramada!!<br />Apetece-me atirar-me para o chão e desatar aos gritos!!<br />Preciso de um avião e de colinho!!<br />Besos folks!!Alice In Wonderlandhttp://www.blogger.com/profile/13407081566616735465noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5726444075157245127.post-28228627162530771102009-08-31T11:58:00.000-07:002009-08-31T12:07:11.031-07:00A Fenix Renascida!<div align="justify">Bom ando a dever à escrita assim uns bons capítulos. E os meus (5 ou 6) leitores já me devem andar a estranhar, mas é que estes meses têm sido complicados e cheios de surpresas. </div><div align="justify">Aqui a menina apaixonou-se perdidamente, mas como nada na minha vida é fácil eis que dou por mim a palmilhar território novo e cheio de areias movediças. Têm sido uma luta estes últimos meses mas tenho esperança que nos próximos tempos tudo se resolva pelo melhor. O que é certo é que estes últimos desenvolvimentos impõem uma série de mudanças, nomeadamente uma mudança territorial. Pois, é que o menino está além mar e depois milhares de ponderações e hesitações acho que chegou a altura de tomar uma decisão. </div><div align="justify">Quando se impõe o facto de deixarmos tudo o que sempre nos foi familiar para trás há que poderar prós e contras. Venceram os prós e nos próximos tempos o plano irá passar por uma mudança grande. Ainda não sei como é que isto vai terminar e neste momento o medo ainda me domina. Mas à malta que souber dum trabalhinho pela capital lembre-se aqui da amiga que não pode passar fominha!</div><div align="justify">Nestes próximos tempos andarei mais por aqui, pois impõem-se alguns desabafos e claro não dispenso os vossos conselhos (que terão de ser gratuítos pois estamos em altura de contenção de despesas).</div><div align="justify">Até daqui a pouco!!</div>Alice In Wonderlandhttp://www.blogger.com/profile/13407081566616735465noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5726444075157245127.post-40472386174955917012009-05-19T12:03:00.000-07:002009-05-19T12:08:33.104-07:00O início<div align="justify">Que se lixe o mundo!</div><div align="justify">Se é juntos que é suposto estarmos que se lixem as convenções, os papéis e os invejosos!</div><div align="justify">Pensar em mim antes de mais!</div><div align="justify">E de qualquer forma os incomodados que se mudem, porque meus amigos acabei de vestir a armadura e contrariamente ao que seria de prever vou entrar nesta luta!</div><div align="justify">Vemo-nos no campo de batalha!</div>Alice In Wonderlandhttp://www.blogger.com/profile/13407081566616735465noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5726444075157245127.post-26425930571385072852009-05-12T07:04:00.000-07:002009-05-12T07:38:51.355-07:00E porque perdi?<div align="justify">Perdi, porque te esperava apaixonado por mim. Perdi, porque pensei que barreira nenhuma no mundo nos fosse separar. Perdi, porque afinal eu não sou um dos primeiros itens da tua lista de prioridades. Perdi, porque nem consigo que estejas do meu lado.</div><div align="justify">Porque é que a esmagadora maioria dos homens são fracos? Ou isso ou então preferem que assim o pensemos porque assim têm sempre justificação para a sua falta de coragem. Anda tudo tão enviesado que por vezes dou por mim à procura das minhas bases morais de tanto que já as deturpei. </div><div align="justify">Dá-se demasiado. Sempre demasiado.E eu insisto em cometer sempre o mesmo erro. Gosto incondicionalmente. Gosto, mesmo sabendo que vou contra alguns dos meus princípios e contra aquilo que me ensinaram. Mas mesmo assim corro o risco. Fico a pensar, será que ele é fraco ou será que não gosta o suficiente de mim? E porque raio considero eu a primeira possibilidade e não logo a segunda? Nós mulheres fazemos isso muito bem. Quer dizer os homens não precisam de se esforçar muito para nos "passarem a perna", porque nós encarregamo-nos muito bem disso!</div><div align="justify">Aos poucos vou-te deixando ir para donde nunca saiste.</div><div align="justify"> </div>Alice In Wonderlandhttp://www.blogger.com/profile/13407081566616735465noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5726444075157245127.post-35797388149817864592009-05-11T07:24:00.000-07:002009-05-11T07:29:23.513-07:00Afinal há regras que não têm excepção!<div align="justify">E quando tudo o que fazemos não é suficiente? E quando por mais que nos esforçemos parece que do outro lado há sempre um senão? Desistir? Que acham? Parece-vos bem? Porque raio não vivemos nós bem sem os homens? Se tudo o que eles fazem é complicar a nossa vida? Dizem uma coisa e depois agem de maneira contrária! Será que há um código implícito? Será que devia perceber alguma coisa que escapou? E depois dizem que nós é que precisamos de um manual de instruções. Orientem-se meus meninos porque a paciência esgota-se e quando isso acontece não falta muito para que o amor acabe também, afinal nada dura para sempre certo?</div><div align="justify">Continuo a achar que homens eram todos bem regadinhos a gasolina e metidos numa gruta com um urso a fumar.</div><div align="justify"> </div>Alice In Wonderlandhttp://www.blogger.com/profile/13407081566616735465noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5726444075157245127.post-58988375528210918142009-05-05T08:53:00.001-07:002009-05-05T08:53:08.723-07:00Blue Foundation - Eyes On Fire - original music video<div xmlns='http://www.w3.org/1999/xhtml'><p><object height='350' width='425'><param value='http://youtube.com/v/gnXxqn2sKB8' name='movie'/><embed height='350' width='425' type='application/x-shockwave-flash' src='http://youtube.com/v/gnXxqn2sKB8'/></object></p></div>Alice In Wonderlandhttp://www.blogger.com/profile/13407081566616735465noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5726444075157245127.post-83183965033185104492009-05-04T09:05:00.000-07:002009-05-04T09:13:04.011-07:00Onde ando eu?<div align="justify">"Um homem quando gosta de um mulher arranja uma forma de estar com ela (...)" </div><div align="justify">Porque eu não sou excepção, porque sou a regra vou ficar no meu canto. Vou esperar. Afinal gastei as minhas forças noutras batalhas e esta avizinha-se demasiado grande para este espírito demasiado frágil.</div><div align="justify">Tentar fazer menos e esperar mais.</div><div align="justify">E depois dizem que nós é que somos complicadas?</div><div align="justify"> </div>Alice In Wonderlandhttp://www.blogger.com/profile/13407081566616735465noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5726444075157245127.post-76938968980447804332009-05-01T17:58:00.001-07:002009-05-01T17:58:51.493-07:00From A Shell - Lisa Germano<div xmlns='http://www.w3.org/1999/xhtml'><p><object height='350' width='425'><param value='http://youtube.com/v/6YqMQWNK6X4' name='movie'/><embed height='350' width='425' type='application/x-shockwave-flash' src='http://youtube.com/v/6YqMQWNK6X4'/></object></p><p>A música fala por si....</p></div>Alice In Wonderlandhttp://www.blogger.com/profile/13407081566616735465noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5726444075157245127.post-78895880104600745732009-05-01T17:26:00.000-07:002009-05-01T17:45:22.846-07:00On the edge<div align="justify">Este sofrimento era-lhe tão familiar. Demasiado familiar. Dava por si constantemente a pensar nele. Estava completamente apaixonada e novamente à beira do abismo. Era tão previsível. Ela e a sua atracção pelo fracasso. Apesar de já o respirar, de o sentir constantemente tomou a decisão de não lutar. Não estava em posição de o fazer. Isso cabia-lhe a ele, era dele que devia partir alguma atitude. Estava a deixar-se dominar pela angústia, pela saudade mas tinha consciência de que estava tudo fora do seu alcance. No fundo sabia que era tudo uma questão de tempo, conhecia-o o suficiente para não alimentar a esperança num futuro juntos. A culpa não é dele. A culpa é da vida que os juntou demasiado tarde.<br />Estas tomadas de consciência matavam-na. Perdia-se entre o desespero e a amargura. No fundo servia-lhe o contentamento de saber que não tinha perdido a capacidade de mar, que afinal ainda estava viva. Talvez por isso valesse a pena sofrer, outra vez.</div>Alice In Wonderlandhttp://www.blogger.com/profile/13407081566616735465noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5726444075157245127.post-6974653497843336822009-04-07T04:10:00.001-07:002009-04-07T04:10:30.567-07:00The Greatest - Cat Power<div xmlns='http://www.w3.org/1999/xhtml'><p><object height='350' width='425'><param value='http://youtube.com/v/SDsxkQk6DWw' name='movie'/><embed height='350' width='425' type='application/x-shockwave-flash' src='http://youtube.com/v/SDsxkQk6DWw'/></object></p><p>Sinto-te...</p></div>Alice In Wonderlandhttp://www.blogger.com/profile/13407081566616735465noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5726444075157245127.post-81201700472998006592009-03-24T05:56:00.000-07:002009-03-24T06:14:53.779-07:00Fortunate happenings...<div align="justify">Os acasos iam-lhe sucedendo de tal forma que pareciam querer dizer-lhe algo. Aos poucos e poucos iam-lhe reanimando a esperança há muito extinta. Não esperava nada nem ninguém, pelo que esporadicamente ia tendo algumas surpresas agradáveis. Pessoas que sem saber como nem porquê se atravessavam no seu caminho e lhe deixavam algo de bom. Haviam sorrisos que mesmo à distância a faziam adormecer em paz. Havia palavras, que mesmo sem essa intenção, lhe diziam que o amanhã iria ser melhor. Havia dias inclusive que acordava com a certeza de que um dia ainda se iria apaixonar novamente, que todos os fantasmas e sombras se dissipariam. E esses breves minutos davam-lhe as forças necessárias para enfrentar mais um dia.</div><div align="justify">Naquela noite, estendida naquele sofá que ultimamente ia sendo o seu fiel companheiro e ao qual já se habituara, sentiu falta do toque. Há muito tempo que isto não lhe acontecia pelo que alguma surpresa lhe ressuscitou a alma. Aquele toque no cabelo, na face. Aquele gesto tão automático mas que é tão embebido de significado. Mais curioso ainda foi de pela primeira vez em muitos anos não ter associado essa necessidade a ele. Nem dele sequer se lembrou, nem dele nem da forma como ele a tocava, como ele a fazia sentir única, como ele a fazia sentir uma pessoa melhor, como ele a fazia sentir realmente amada.</div><div align="justify">Nessa noite adormeceu sem se dar conta. Não teve insónias, não teve pesadelos, não teve dores. Nessa noite dormiu um sono profundo e acima de tudo regenerador. Mas durava sempre tão pouco...</div>Alice In Wonderlandhttp://www.blogger.com/profile/13407081566616735465noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5726444075157245127.post-52743607262506908502009-03-18T04:44:00.000-07:002009-03-18T05:18:38.293-07:00UnquitnessTinha de te escrever.<br />Acordei sentido falta de tudo em ti.<br />As saudades são tantas que me confundem o raciocínio.<br />Por onde andas?<br />Não penses em mim! Não o faças, porque já percebeste que te sinto.<br />Sabes que te sinto há muito. Mesmo antes de fazeres parte da minha vida.<br />Esta vida não é suficiente para nós. Será que não?<br />Será que já perdemos o tempo? Será que já o tivemos?<br />Por onde andas?<br />Procura um lugar nosso no teu destino!<br />Nas tuas viagens encontra-me sempre que puderes, e quando o fizeres não me percas.Alice In Wonderlandhttp://www.blogger.com/profile/13407081566616735465noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5726444075157245127.post-15914871612032505482009-03-12T05:27:00.000-07:002009-03-12T06:16:27.097-07:00Absurdos VI<div align="justify">Entregou-se luxuosamente à preguiça. Os dias a seguirem-se velozmente uns aos outros provocavam-lhe aquela sensação de que andava constantemente a perder algo. Alimentava-se de sonhos, pelo que o mundano cada vez lhe ia parecendo uma realidade mais distante. Pouco lhe prendia o interesse até porque cada vez mais tinha dificuldades em desprender-se do passado. Sucumbia à loja de recordações que se instalara confortavelmente no seu cérebro. Lembrava-se frequentemente do Mito do Eterno Retorno. Vivia aprisionada numa dimensão que há muito deixara de fazer sentido, mas movia-a o ímpeto de que um dia de uma forma ou de outra tudo aquilo teria um fim. Tudo tem. Os piores pesadelos como os melhores sonhos inevitavelmente um dia terminam, e estava satisfeita por ao menos ter essa certeza.<br />Depois dos seus trinta minutos de meditação diária, prazer que se tornara cada vez mais essencial ao seu limitado bem-estar, decidiu ganhar coragem e saiu de casa (tarefa cada vez mais complicada sem a ajuda de um qualquer alucinogénico) e rumou em direcção a nenhum sítio em particular. Tinha os seus melhores devaneios com as mãos no volante sem nunca perceber porquê, já guardava no porta-luvas um caderno e um lápis de forma a nunca perder nenhumas destas preciosidades rodoviárias.<br />Foi dar à praia. Ficou contente por ainda ter no carro uma toalha esquecida do Verão. Estendeu-a na areia e por alguns minutos abstraiu-se por completo enquanto olhava para a azáfama dos corredores de ondas. Sobressaltou-se por um arrepio extremamente familiar. Evitou olhar pois queria adiar aquela incómoda certeza pelo máximo de tempo possível. Era impressionante a quantidade de vezes que aqueles dois destinos faziam questão de se cruzar. Levantou-se e com o passo apressado e o coração a tentar explodir-lhe com o peito voltou ao carro e de seguida ao seu espaço de segurança. Era ali que deveria estar, era dali que nunca deveria ter saído.<br />Entregou-se ao ócio sendo despertada de vez em quando por uma ou outra ideia que implicavam sair da sua zona de conforto. Cada vez cedia menos, pois tinha consciência que o seu lugar era ali - longe do mundo, longe de si própria e principalmente longe do mal que era capaz de infligir a si mesma. </div>Alice In Wonderlandhttp://www.blogger.com/profile/13407081566616735465noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5726444075157245127.post-43861027185954464352009-03-02T19:58:00.000-08:002009-03-03T10:29:06.181-08:00Black Holes<div align="justify">Três quartos de Sol aqueceram-lhe a alma. Já nada era possível naquele seu pequeno mundo. A decadência invadiu-lhe não só o corpo como a mente. Exercitava a sua memória diariamente, pois as lembranças eram o fio condutor que a ligava à vida. Era do mundo, mas esse mesmo mundo havia-lhe virado costas. Abraçava-o na mesma. Reservara para si a tarefa de contar as estrelas. Idolatrava a noite e todas as suas criaturas. Durante a noite sentia-se um bocadinho mais humana. Passava horas na beira daquele penhasco pois só ali sentia o sabor da verdadeira liberdade. Só aquele penhasco a prendia, fora isso tudo o resto havia falhado. Não porque tivesse resistido, pelo contrário, muitas vezes desejou o conforto de uma gaiola mas de uma maneira ou de outra a sua natureza sempre falou mais alto. Assim se criou, assim havia de se acabar. Tinha tanto dentro de si, um mundo de emoções, de sensações, de ambiguidades e de certezas, mas no entando na presença de outros sentia-se sempre tão vazia, tão despojada do que aos outros interessava. Isolava-se. Ao contrário dos restantes humanos tinha uma atracção pela solidão que pela maioria seria considerada de "pouco saudável". Sozinha, não usava qualquer tipo de máscara, sozinha podia chorar ou rir o quanto lhe apetecesse. Sozinha era mais pura e mais verdadeira. Sozinha era o pincípio e o fim. Há muito que parou de se questionar. Há muito parou de tentar só mais uma vez. Aceitou o facto de que algumas pessoas são diferentes das outras, que algumas pessoas foram feitas para si mesmas e ela era uma delas. Já não se revolta mais... agora até já dorme.</div>Alice In Wonderlandhttp://www.blogger.com/profile/13407081566616735465noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5726444075157245127.post-56729005021121196702009-02-22T15:33:00.000-08:002009-02-22T16:45:43.391-08:00Balanced Insanity<div align="justify">Sentava-se confortavelmente na sua poltrona a contemplar aquele rosto. Não lhe reconhecia qualquer tipo de imperfeição. Ele levantou-se e acendeu a lareira conferindo a todo aquele cenário a perfeição. Tudo o que é assim tão idílico não pode ser real. Ela sabia-o. Daí que nunca desperdiçava um segundo com qualquer tipo de artifício. Saboreava cada instante daquela felicidade por a saber passageira. Talvez seja a forma mais pura de se ser feliz. Talvez aqui resida o segredo para a plenitude. Fechou os olhos. Saboreou a brisa de um beijo no seu rosto. Arrepiou-se-lhe a alma e teve a certeza que nada poderia perturbar aquele estado de espírito. Por momentos sentiu-se levitar rumo a outro plano, longe de tudo o que horas antes a preocupava, longe do mundo que sempre a tratou de forma indiferente. Estava perdida. Desta vez perdeu-se não no escuro mas, na mais pura claridade. Quando voltou a abrir os olhos tudo estava exactamente como estava. Por instantes ainda pensou que pudesse estar a ser uma vítima do seu subconsciente que tantas e tantas vezes a havia ludíbriado - mas continuava tudo como sempre estivera, continuava tudo tão palpável como sempre desejara. </div><div align="justify">Abriu os olhos e prometeu a si mesma não os voltar a fechar enquanto aquele instante durasse. Perdemos tanto tempo a questionar a felicidade, passamos tanto tempo com medo dela que quando a assimilamos é demasiado tarde. Não iria cometer esse erro outra vez... outra vez não!</div>Alice In Wonderlandhttp://www.blogger.com/profile/13407081566616735465noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5726444075157245127.post-66802106721585898142009-02-13T03:04:00.000-08:002009-02-13T03:14:19.772-08:00Absurdos V<div align="justify">Hoje agarrei uma folha em branco, um lápis e desenhei o teu rosto. Eu não sei desenhar e não era o teu rosto mas, quando olhava para aqueles traços era a tua cara que eu via. Nem sei como te desenhei. Separam-nos algumas vidas. Ainda não nos encontramos, mas vejo-te todos os dias. Já nos perdemos algumas vezes, ou melhor perdi-te algumas vezes, nunca as suficientes para te perder. Estou certa que o nosso reencontro está num tempo breve, pois uma nova vida está prestes a começar. Desta vez não me posso dar ao luxo de te deixar ir novamente pois não sei quantas vidas ainda nos restam.</div><div align="justify">-Resta-te apenas esta! - Sussurras-me tu ao ouvido.</div><div align="justify">Não acredito! Sei que me mentes, se assim fosse poderia terminar já hoje pois de certo não me restaria mais nada. Ainda sinto o teu cheiro no meu leito. Ainda te oiço assobiar quando entras em casa.</div><div align="justify">- Eu nunca assobiei. - dizes tu.</div><div align="justify">Provavelmente tens razão. Era música que eu ouvia quando te sabia aproximar de mim.</div><div align="justify">Não! Não nos resta só esta vida. Sei que nos vamos encontrar numa destas vidas. E eu, eu vou-te reconhecer, vou ao teu encontro, abraçar-te e aí saberás que nós sempre estivemos juntos.</div>Alice In Wonderlandhttp://www.blogger.com/profile/13407081566616735465noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5726444075157245127.post-31084739765867903232009-02-09T09:15:00.000-08:002009-02-09T09:18:22.582-08:00Balanced Insanity<div align="justify"> Ele não lhe era totalmente indiferente. Pelo contrário, dava por si constantemente a pensar nele. Incomodava-a de uma forma boa. Sabia que ele não era de confiança mas, talvez fosse isso que lhe despertasse mais atenção. Conhecia-o os traços sem nunca lhe ter tocado. E no seu interior estava grata que assim fosse. Sabia perfeitamente que aquele era o tipo de homem por quem se apaixonaria com alguma facilidade, e tinha noção de que isso seria a sua ruína. Há homens que pura e simplesmente não se apaixonam. Aquele era um deles. Todo o seu mundo a fascinava. Tinham demasiado em comum e no entanto eram de mundos completamente distintos. Quando ouvia aquela voz do outro lado do telefone estremecia. Era como se o mundo começasse a girar ao contrário e manter o equilíbrio fosse complicado. Sentia-se como uma adolescente. E isso era bom, e isso era mau.<br /> Sempre foi muito segura de si mesma. Criou bases emocionais extremamente sólidas exactamente para se prevenir deste tipo de situações. Não se apaixonava frequentemente, mas mesmo assim sabia perfeitamente qual era o seu “calcanhar de Aquiles”. Detestava parecer desesperada quando falava com ele, tentava não ser demasiado óbvia, mas não o querendo ser acreditava que já o era. Só queria afastar-se dele, arranjar forças para resistir à tentação de o “ter”. Conhecia-se muito bem, e no fundo sabia que só iria desistir quando isso acontecesse, e aí seria tarde demais. Era fatídico…</div>Alice In Wonderlandhttp://www.blogger.com/profile/13407081566616735465noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5726444075157245127.post-4553363224027281942009-02-05T10:17:00.000-08:002009-02-06T09:01:44.254-08:00Absurdos IV<div align="justify">Finalmente encostou a cabeça na almofada. Estava tão cansada que não conseguia adormecer. Incomodava-a o cabelo molhado dele a roçar no seu pescoço. Levantou-se e foi tomar banho. Pensou que água nenhuma neste mundo lhe conseguiria lavar a alma. Sentia-se conspurcada, e aquele cheiro a sexo não lhe saia do corpo. Teve vontade de lhe pedir que se fosse embora, mas era tarde. Quando voltou ao quarto já ele ressonava de tal forma estridente que lhe parecia que alguns dos móveis estremeciam. Vestiu os pijamas, agarrou o saco cama e foi-se deitar para o sofá. A noite pareceu-lhe estranhamente longa e o sofá demasiado desconfortável. Quando já lhe doía o pescoço e as costas decidiu fazer um chá, mas nada parecia acalmar aquela sensação de desconforto, aquela sensação de impureza. Prometera a si mesma que seria a última vez que dormia com um estranho. Quando o efeito do álcool começa a passar sentia-se sempre a pior pessoa do mundo, se é que efectivamente não a era. Aos olhos da maioria aquela situação era moralmente reprovável, mas por outro lado o moralmente reprovável deixou de a incomodar há muito tempo. Pode-se possuir um corpo mas, uma alma só alguns o conseguem. Possuir corpo e alma em simultâneo tornara-se de algum tempo a esta parte impossível. Acabou de fumar os últimos cigarros do maço de tabaco e aí o desespero começou a invadir-lhe a alma. Os primeiros raios de Sol teimavam em aparecer e aquele corpo mantinha-se estático na cama dela. Teve vontade de o expulsar a pontapé. Afinal aquela era a cama dela, era a casa dela e ele, ele era só um desconhecido.<br />Chegou à conclusão de que a sua vida era repleta de desconhecidos. Na realidade nunca conhecemos ninguém. Toda as pessoas têm um lado obscuro que nunca revelam. Ou seria só ela? Não. Estava convencida que não, se bem que no caso dela considerava que o seu lado negro era maior do que na maioria dos comuns mortais. Pouco ou nada revelava de si, no início fazia-o intencionalmente. De tanto o fazer agora não consegue agir de outra forma. Desconfia constantemente de tudo e todos, vive fechada única exclusivamente com os seus fantasmas. Os seus queridos fantasmas…</div>Alice In Wonderlandhttp://www.blogger.com/profile/13407081566616735465noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5726444075157245127.post-71266777583989406152009-02-03T04:11:00.000-08:002009-02-03T04:28:07.036-08:00Pior do que um mau rumo é não ter rumo nenhum<div align="justify">A cada dia que passa as dificuldades de orientação são maiores. Sinto-me constantemente perdida entre algum sítio e lado nenhum. A batalha para encontrar o caminho certo tem fracassado sempre, pelo que neste momento impera uma vontade enorme de desistir, de me sentar num penhasco com a brisa nos cabelos e deixar-me ficar eternamente. De baixar os braços e deixar-me levar por absolutamente nada. A cada dia que passa tenho menos vontade de abrir os olhos. Essa escuridão cada vez me encanta e me envolve mais. A ausência de luz, de som, de movimento apresenta-se-me cada vez mais como um lugar idílico. Estou extraordinariamente cansada. Por mais que me esforçe falta-me sempre a capacidade de descrever esta sensação, este vazio, que nada nem ninguém parece preencher. Este vazio que nem eu sei de onde vem e até onde me levará. Precisava daquele alpendre, de uma folha em branco e um lápis. Precisava tanto de me isolar indefinitivamente. Preciso de me encontrar a curto prazo antes que os danos sejam irremediáveis e eu me habitue a encontrar vantagens para este estado.</div><div align="justify">Preciso de tanta coisa e no fim das contas não preciso de muito...</div>Alice In Wonderlandhttp://www.blogger.com/profile/13407081566616735465noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5726444075157245127.post-72102625338129338632009-02-01T16:01:00.000-08:002009-02-01T16:12:22.728-08:00A vida de uma mulher igual a tantas outras<div align="justify">Durante muito tempo tentou despi-lo de si mesma. Odiou-o tanto quanto o amou. Usou de tudo o que conhecia e mais o que inventou para que ele ganhasse o estatuto de “ex”. Nunca o conseguiu. Para ela, ele continuava a fazer parte do seu presente. A sua respiração ainda se acelerava quando fazia amor com ele. Nem lhe precisava do corpo, porque sabia que ela seria sempre como uma tatuagem na alma dele – esse era um fantasma com que ele também teria de viver. Dava por si a agir em função dele. Era coagida pelo instinto de o impressionar, quer negativa quer positivamente, de lhe provocar alguma reacção. Mesmo sozinha não era dona da sua vida, pior, não fazia questão de o ser.<br />Atormentava-se como ninguém. Fustigava-se com críticas constantes. Matou-se. Assassinou brutalmente uma alma que um dia havia sido tão pura, e tal como criminoso passava a vida a esconder-se e a fugir de algo de que não tinha escapatória possível – as suas recordações. Perdia horas seguindo-lhe a vida em pensamentos. Tornara-se doente, não da doença que lhe diagnosticaram, mas do espírito. A sua essência estava completamente corrompida e agora tratava-se apenas de uma questão de tempo para o corpo lhe acompanhar.<br />Maria estava tão cansada. Pela primeira vez tomou um dos comprimidos que o médico lhe receitara – as dores eram insuportáveis e ela não poderia perder tempo a sofrer com dores físicas – queria concentrar-se única e exclusivamente nele. Depois deste pensamento teve pena de si. Passou-lhe rápido. Acendeu um cigarro, e ao som de “Faith No More” deixou que a noite passasse por ela.</div>Alice In Wonderlandhttp://www.blogger.com/profile/13407081566616735465noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-5726444075157245127.post-16291712725025397072009-01-27T02:52:00.000-08:002009-01-27T03:41:54.490-08:00Absurdos - III<div align="justify">Sentado no café, tentado saborear o seu Johnnie Walker insistia em pôr-se à prova. "Vou fumar só um cigarro porque quero ver se consigo ser forte e não fumar mais nenhum!" - Saliente-se que havia deixado de fumar há uns meses. Por vezes eu tinha sérias dificuldades em acreditar nas suas palavras. Era-me difícil acreditar que existisse uma pessoa assim. Tinha nos olhos um brilho estranho que por vezes me fazia duvidar se seria deste mundo ou não. Por vezes abrandava o ritmo da conversa para tentar realinhar a respiração. Confesso que a sua falta de ar parecia só a mim me afligir, como se já estivesse habituado e se calhar já estava. Segundo me pareceu já não respirava há muito tempo. </div><div align="justify">Quando falou dela ganhou um ar mais humano. Um lado que acho que nem ele gosta de ter. Contava-me que todos os dias acordava pensando que ela estaria a seu lado. E que todos os dias sofria desalmadamente quando se apercebia que ele a havia deixado. Dizia-me que era a melhor forma de se sentir vivo. Era demasiadamente estranho. Preferia viver agarrado a uma realidade passada do que a sentir-se isento de sensações. Nunca conseguiria perceber isso. Por mais horas que ele passasse a explicar-me eu nunca iria querer entender.</div><div align="justify">É um ser humano demasiadamente particular. Obriga-nos a estar constantemente atentos, sob pena que perdermos uma qualquer revelação absoluta sobre o mundo. É cheio de certezas e ao mesmo tempo está envolto numa neblina de dúvida que parece exercer sobre ele um domínio superior a todas as certezas que possuí. </div><div align="justify">Não sei se o admiro ou se o desprezo.</div>Alice In Wonderlandhttp://www.blogger.com/profile/13407081566616735465noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5726444075157245127.post-3314795769206344232009-01-23T03:09:00.000-08:002009-01-23T03:11:12.719-08:00Absurdos - II<div align="justify">Ela olhou-se no espelho. Definitivamente aquele reflexo estava completamente desfigurado. Viu-se mas não se reconheceu. Ao ver fotografias antigas percebeu o porquê. Estava a envelhecer a passos largos. Aqueles olhos estavam agora envoltos em rugas. O rosto estava a ganhar contornos diferentes. O pior de tudo é que não se apercebera. Vê-se todos os dias e nunca tomou essa consciência. Estava incrédula. Nunca pensou que os anos se passassem assim tão depressa. Os objectivos a que se tinha proposto não os cumprira. Estava exactamente onde estava quando tinha 20 anos. E o seu espírito permanecia da mesma forma. Talvez por isso se tenha chocado.<br />Tem consciência de que fracassou. Transformou-se numa pessoa que sempre criticou. Percebe que tem o poder de reverter a situação, mas sabe que se acomodou demasiado a esta realidade que parece ser superior às suas forças. É tão pequenina. É demasiado pequenina e desprotegida. Ou isso ou então tenta justificar-se. Fá-lo a si própria. Que ser humano é este que até a si mesmo se engana? Resta-lhe pouco. Ou melhor não lhe resta nada. O que fazer quando já se perdeu tudo? Apesar de tudo parece-lhe que ainda há mais a perder. Há sempre mais alguma coisa que se pode perder, algo que ainda não percebeu bem o quê e que só se dará conta no dia que essa derrota vier ao seu encontro. Mais uma…<br />Estava cansada. Cansada e ofendida com um tempo que havia sido impiedoso para com ela. Deitou uma bebida qualquer num copo, sentou-se no cadeirão verde já coçado pelo uso, acendeu um cigarro e deixou-se ficar ali inerte à espera que algo de bom acontecesse.</div>Alice In Wonderlandhttp://www.blogger.com/profile/13407081566616735465noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5726444075157245127.post-57996601404707596462009-01-20T14:55:00.000-08:002009-01-20T15:29:57.205-08:00Absurdos - I<div align="justify">A vontade de escrever diminui a cada dia que passa à medida que vai dando lugar a uma ansiedade terrível. As insónias oscilam entre pesadelos violentos, fazendo com que a noite se torne cada vez mais escura. Fujo. Por vezes nem sei de quem. É de mim. Deve ser de mim, só pode ser de mim. Constantemente entro em conflito comigo própria, como se dentro de mim vivessem duas pessoas com personalidades verdadeiramente distintas. Assim ninguém vive, assim não é vida. Gostava de trocar de vida, nem que fosse por um só dia. Uma outra vida qualquer desde que não fosse a minha. Gostava de ajudar alguém e depois gostava que esse alguém ajudasse outra pessoa. Gostava de salvar o mundo desde que me fosse permitido escolher os seus habitantes. Gosto do meu umbigo. Gosto de sofrer e habituei-me de tal forma a este estado que inconscientemente o procuro. Neste estado sinto-me mais viva. À beira do abismo sinto aquela brisa suave que só quando estamos naquela posição a podemos sentir. É como ouvir vezes e vezes sem conta aquela mesma música, só que de todas as vezes que a ouvimos reparamos em algo novo.<br />Tenho alturas boas. Aqueles trinta segundos em que procuro o telemóvel para desligar o despertador são os melhores do dia. O único pensamento que me assola a mente é uma vontade incontrolável de parar aquele ruído e virar-me para o outro lado. Os pesadelos são melhores do que esta "normalidade" altamente deficitária de tudo o que é bom para mim. Egoísta? Já vos tinha avisado que gostava demasiado do meu umbigo. Pensando melhor vou parar de escrever e contemplá-lo - é a única coisa que me resta!</div>Alice In Wonderlandhttp://www.blogger.com/profile/13407081566616735465noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5726444075157245127.post-88962647639703066512009-01-19T07:24:00.000-08:002009-01-19T07:32:42.404-08:00E mais uma semaninha<div align="justify">Ao seu ritmo próprio a vidinha lá vai voltando à normalidade. Aliás já me habituei aos constantes altos e baixos da minha, mas como diria a minha Mãezinha:"O que não tem remédio, remediado está!". Acho que é esse o espírito. </div><div align="justify">Foi um fim-de-semana repleto de boas jantaradas, algumas experiências novas e muito alccóol. Aliás confesso que ainda estou mais ou menos em recuperação. Apesar de tudo importa salientar o facto de ter sido muito divertido. No sábado o jantar acabou com uma discussão muito acesa sobre religião. Continuo a dizer que existem assuntos que são proíbidos, mas o pessoal não me dá ouvidos (sim, porque estava tão rouca que tive de me limitar a estar sentadinha no meu canto a ouvir barbaridade atrás de barbaridade sem poder ripostar).</div><div align="justify">Ando mas é a precisão de um abanão valente! Tenho esperança que não tarde muito até que venha um pé de vento que "rock my world" senão vai-se tornando complicado levantar todos os dias da cama!!</div><div align="justify">Até lá...</div><div align="justify"> </div>Alice In Wonderlandhttp://www.blogger.com/profile/13407081566616735465noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5726444075157245127.post-65965229734828039652009-01-14T02:52:00.001-08:002009-01-14T02:57:59.016-08:00Porque não vale a pena pensar muito<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhu_iF4H3EVoWLRBRfXdAK0Zv_zfhmvmSPYkO7GPyEoexgUkaMQoM8uUTtNJctlft6uy7rytm8XuM25TtAfn21kDCThdAocPmhC2ZzBv9kHxiIV8HgLbwaTXircipeHnGV_DxJIRe452zs/s1600-h/Maria41.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5291100647694797234" style="DISPLAY: block; MARGIN: 0px auto 10px; WIDTH: 280px; CURSOR: hand; HEIGHT: 240px; TEXT-ALIGN: center" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhu_iF4H3EVoWLRBRfXdAK0Zv_zfhmvmSPYkO7GPyEoexgUkaMQoM8uUTtNJctlft6uy7rytm8XuM25TtAfn21kDCThdAocPmhC2ZzBv9kHxiIV8HgLbwaTXircipeHnGV_DxJIRe452zs/s320/Maria41.jpg" border="0" /></a><br /><div></div>Alice In Wonderlandhttp://www.blogger.com/profile/13407081566616735465noreply@blogger.com3