sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Absurdos V

Hoje agarrei uma folha em branco, um lápis e desenhei o teu rosto. Eu não sei desenhar e não era o teu rosto mas, quando olhava para aqueles traços era a tua cara que eu via. Nem sei como te desenhei. Separam-nos algumas vidas. Ainda não nos encontramos, mas vejo-te todos os dias. Já nos perdemos algumas vezes, ou melhor perdi-te algumas vezes, nunca as suficientes para te perder. Estou certa que o nosso reencontro está num tempo breve, pois uma nova vida está prestes a começar. Desta vez não me posso dar ao luxo de te deixar ir novamente pois não sei quantas vidas ainda nos restam.
-Resta-te apenas esta! - Sussurras-me tu ao ouvido.
Não acredito! Sei que me mentes, se assim fosse poderia terminar já hoje pois de certo não me restaria mais nada. Ainda sinto o teu cheiro no meu leito. Ainda te oiço assobiar quando entras em casa.
- Eu nunca assobiei. - dizes tu.
Provavelmente tens razão. Era música que eu ouvia quando te sabia aproximar de mim.
Não! Não nos resta só esta vida. Sei que nos vamos encontrar numa destas vidas. E eu, eu vou-te reconhecer, vou ao teu encontro, abraçar-te e aí saberás que nós sempre estivemos juntos.

2 comentários:

TR disse...

É música que oiço quando leio o que aqui compartilhas connosco. Há oportunidades que depois de idas, não mais voltarão..
Do tempo que nos resta, julgo que podemos viver as vidas que quisermos e delas podemos fazer o que entendermos, tudo se resume a uma mera questão de prioridades;
;)
.::Telmo::.

Francis disse...

oh rapariga, tu andas uma artista pá

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