domingo, 22 de fevereiro de 2009

Balanced Insanity

Sentava-se confortavelmente na sua poltrona a contemplar aquele rosto. Não lhe reconhecia qualquer tipo de imperfeição. Ele levantou-se e acendeu a lareira conferindo a todo aquele cenário a perfeição. Tudo o que é assim tão idílico não pode ser real. Ela sabia-o. Daí que nunca desperdiçava um segundo com qualquer tipo de artifício. Saboreava cada instante daquela felicidade por a saber passageira. Talvez seja a forma mais pura de se ser feliz. Talvez aqui resida o segredo para a plenitude. Fechou os olhos. Saboreou a brisa de um beijo no seu rosto. Arrepiou-se-lhe a alma e teve a certeza que nada poderia perturbar aquele estado de espírito. Por momentos sentiu-se levitar rumo a outro plano, longe de tudo o que horas antes a preocupava, longe do mundo que sempre a tratou de forma indiferente. Estava perdida. Desta vez perdeu-se não no escuro mas, na mais pura claridade. Quando voltou a abrir os olhos tudo estava exactamente como estava. Por instantes ainda pensou que pudesse estar a ser uma vítima do seu subconsciente que tantas e tantas vezes a havia ludíbriado - mas continuava tudo como sempre estivera, continuava tudo tão palpável como sempre desejara.
Abriu os olhos e prometeu a si mesma não os voltar a fechar enquanto aquele instante durasse. Perdemos tanto tempo a questionar a felicidade, passamos tanto tempo com medo dela que quando a assimilamos é demasiado tarde. Não iria cometer esse erro outra vez... outra vez não!

1 comentário:

TR disse...

Hum...
(Não é mesmo falta do que dizer.. é não querer dizer mais nada...)

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