Durante muito tempo tentou despi-lo de si mesma. Odiou-o tanto quanto o amou. Usou de tudo o que conhecia e mais o que inventou para que ele ganhasse o estatuto de “ex”. Nunca o conseguiu. Para ela, ele continuava a fazer parte do seu presente. A sua respiração ainda se acelerava quando fazia amor com ele. Nem lhe precisava do corpo, porque sabia que ela seria sempre como uma tatuagem na alma dele – esse era um fantasma com que ele também teria de viver. Dava por si a agir em função dele. Era coagida pelo instinto de o impressionar, quer negativa quer positivamente, de lhe provocar alguma reacção. Mesmo sozinha não era dona da sua vida, pior, não fazia questão de o ser.
Atormentava-se como ninguém. Fustigava-se com críticas constantes. Matou-se. Assassinou brutalmente uma alma que um dia havia sido tão pura, e tal como criminoso passava a vida a esconder-se e a fugir de algo de que não tinha escapatória possível – as suas recordações. Perdia horas seguindo-lhe a vida em pensamentos. Tornara-se doente, não da doença que lhe diagnosticaram, mas do espírito. A sua essência estava completamente corrompida e agora tratava-se apenas de uma questão de tempo para o corpo lhe acompanhar.
Maria estava tão cansada. Pela primeira vez tomou um dos comprimidos que o médico lhe receitara – as dores eram insuportáveis e ela não poderia perder tempo a sofrer com dores físicas – queria concentrar-se única e exclusivamente nele. Depois deste pensamento teve pena de si. Passou-lhe rápido. Acendeu um cigarro, e ao som de “Faith No More” deixou que a noite passasse por ela.
Atormentava-se como ninguém. Fustigava-se com críticas constantes. Matou-se. Assassinou brutalmente uma alma que um dia havia sido tão pura, e tal como criminoso passava a vida a esconder-se e a fugir de algo de que não tinha escapatória possível – as suas recordações. Perdia horas seguindo-lhe a vida em pensamentos. Tornara-se doente, não da doença que lhe diagnosticaram, mas do espírito. A sua essência estava completamente corrompida e agora tratava-se apenas de uma questão de tempo para o corpo lhe acompanhar.
Maria estava tão cansada. Pela primeira vez tomou um dos comprimidos que o médico lhe receitara – as dores eram insuportáveis e ela não poderia perder tempo a sofrer com dores físicas – queria concentrar-se única e exclusivamente nele. Depois deste pensamento teve pena de si. Passou-lhe rápido. Acendeu um cigarro, e ao som de “Faith No More” deixou que a noite passasse por ela.
3 comentários:
Eheheheh era eu essa gaja??? Xiça...ainda não me matei mas... ;)!!!!
Abreijinhos minha linda...tenho saudades tuas...muitas!
Ao som de Faith no More isto já te devia ter passado...bebe Supr Bock pá.
"Matou-se. Assassinou brutalmente uma alma que um dia havia sido tão pura..."
Adorei, simplesmente fantástico. E com isto mais razão me dás relativamente às diferenças que dizes existirem...
;)
.::Telmo::.
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